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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, 66, tem um tumor maligno na laringe de agressividade intermediária, de acordo com a equipe médica que cuida do tratamento.
Lula chegou ao hospital Sírio Libanês, em São Paulo, para se submeter à primeira sessão de quimioterapia contra um câncer de laringe por volta das 10h, desta segunda-feira (31). Ele deve passar a noite no hospital.
Segundo o médico Paulo Hoff, que, ao lado dos colegas Roberto Kalil Filho, Artur Katz e Luiz Paulo Kowalski, concedeu uma entrevista coletiva no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, onde Lula iniciou hoje quimioterapia, o tumor na laringe do ex-presidente é o mais comum nesta região.
O resultado da biópsia foi claro. Nossa expectativa é de que ele responda bem ao tratamento", afirmou. Hoff disse que o tumor está "relativamente em um estado inicial", que é localizado e não se espalhou pela laringe.
"O fato de ser um tumor localizado é muito importante. A chance de cura é muito maior", declarou.
Cerca de três a quatro semanas após o fim do ciclo de quatro sessões de quimioterapia, uma a cada 20 dias, o ex-presidente deve se submeter ao tratamento com radioterapia.
"As sessões de radioterapia devem começar entre os dias 10 e 12 de janeiro", disse Artur Katz. O médico afirmou que "não há nenhum planejamento de cirurgia no cronograma de tratamento".
Caso Lula não responda bem ao tratamento, os médicos deverão considerar a possibilidade de uma cirurgia.
"Seria uma cirurgia que preserva a voz. Mas ele tem uma chance muito boa para a cura sem a cirurgia", afirmou Luiz Paulo Kowalski. Após duas sessões de quimioterapia, os médicos já saberão se o tratamento teve sucesso.
"O presidente levará uma vida próxima do normal... Acreditamos que ele não terá nenhuma dificuldade em voltar a uma vida absolutamente normal muito em breve", disse o médico Arthur Katz, que também participa da equipe que acompanha Lula.
De acordo com os médicos, caso o tratamento seja bem sucedido, o ex-presidente terá que continuar com um acompanhamento médico mais cuidadoso até o período de dois anos após o fim do tratamento, considerado crítico pelos médicos para eventual volta da doença.
Segundo eles, somente após cinco anos depois do fim do tratamento e deste acompanhamento poderá se avaliar se Lula estará completamente curado.
De acordo com os médicos, Lula, de 66 anos, se submeterá a sessões de quimioterapia a cada 21 dias, totalizando três sessões. Os médicos pretendem avaliar o ex-presidente entre a segunda e terceira aplicações.
"Diante da escala de agressividade, é um tratamento agressivo. No ex-presidente terá os efeitos colaterais da quimioterapia, incluindo a queda de cabelo", disse Paulo Hoff, diretor geral do Centro de Oncologia do Sírio-Libanês, que também acompanha o ex-presidente.
"O tumor é localizado, a chance de cura é elevada", acrescentou.
Fonte:- Uol