Produzido pela Chevrolet e equipado com motor V8 LS7 de 7 litros montado à mão, o Corvette Z06 oferece 512 cavalos a 6.300 rpm e 65 kgfm de torque originalzinho, de fábrica. Com apenas 1.420 kg devido à carroceria em fibra de vidro e chassi tubular, o carro é, sem dúvidas, um belo esportivo, e ainda tem tração traseira e câmbio manual de seis marchas para controlar essa musculatura. Ainda assim, um carro tão incrível para a maioria dos mortais foi modificado pelo empresário paulistano Daniel T. (o nome foi abreviado a pedido), dono de um exemplar 2009.
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A ideia era competir em provas de quilômetro lançado no interior de São Paulo. Por isso, com apenas 900 quilômetros rodados, o Z06 foi levado para a preparadora G&R. Lá, o trabalho intenso e extenso pediu quase um ano para ser finalizado: a instalação de um compressor mecânico Pro Charger (DS1-C), acompanhado de intercooler e pressurização. Se fosse montado sem alterações no bloco V8, o compressor ligado ao virabrequim por polia já teria a responsabilidade de gerar 1.000 cv. Mas, como a receita pode chegar à marca de 1.200 cv, muito mais foi feito. Com a polia que rende menos giro (e pressão) nos caracóis, se obtém o máximo de 480 gramas soprando na admissão. E, com isso, o dinamômetro Dynojet mostrou 801,6 cv à 6.500 rpm, quase 300 cv extras. Sem falar no torque, que entra na casa dos três dígitos: 100,8 kgfm a 6.000 rpm.
NOVA SINFONIA
Pouco restou de original do LS7: bloco, virabrequim (que é de aço forjado), coletor de admissão e os cabeçotes de alumínio, apenas. Os últimos, aliás, são bem trabalhados em fluxo pela própria Chevrolet (18% a mais que o motor de 6L de um Vette comum ou de um Camaro) e têm válvulas maiores. No carro de Daniel, tanto bielas (Oliver) como pistões (JE) são novos e capazes de suportar 350 cv cada peça. Por conta dos pistões forjados com maior diâmetro, chegou-se a 7,3 litros de deslocamento. Já a taxa de compressão foi reduzida de 11:1 para 9:1. O comando de válvulas, alojado no bloco, deu lugar a outro específico, para uso do compressor.
Com o novo miolo montado, o “V8tão” ganhou de brinde um escapamento completo em aço inox, da Corsa, inclusive com coletores de escape. A "orquestra" produzida pela nova mecânica e exaustão é formidável, com marcha lenta levemente embaralhada e ruído de motor cheio de dar inveja a bólidos de pista e até a superesportivos italianos.
Fonte:- Uol (GUILHERME SILVEIRA )