“Ele parou a alguns metros, na frente do CDHU, onde mora a sogra dele. A esposa dele desceu e o policial atirou do nada”, disse o irmão da vítima, Tomas França.
Ainda de acordo com Tomas, testemunhas disseram que o policial deixou a moto no local e saiu com outra. Outro policial teria ligado para o Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu), que socorreu Daniel até o Pronto-Socorro. Ele não resistiu ao ferimento e morreu no início da noite.
O irmão disse ainda que Daniel não tinha passagens pela polícia. “Ele estava de folga por causa do feriado e ia para a casa da sogra para fazer coxinhas. A esposa dele está grávida de três meses e eles ainda têm uma filha de quatro anos. Ela viu tudo e está em estado de choque”, lamentou o irmão.
Ainda inconformado com a morte, Tomas não acredita que o policial ficará preso. “Ele foi covarde, não tem estrutura nenhuma para trabalhar na polícia. Meu irmão não ofereceu ameaça nenhuma, não estava armado. Agora vão dizer que ele não parou ou que foi acidente. O delegado disse que ele está preso, mas não acredito que ele vai continuar preso”, afirmou.
O corpo do soldador foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Araraquara para a necropsia. O velório está previsto para a sexta-feira, às 8h, no Cemitério Municipal de Matão.
Procurada pelo G1, a assessoria de imprensa da Polícia Militar, em São Paulo, informou que irá se pronunciar por meio de nota, que não foi enviada até a publicação. O G1 não conseguiu contato com a PM e a Polícia Civil de Matão.

Fonte:- Do G1 São Carlos e Araraquara Fernando Bertolini (Foto: Tomas França/Arquivo Pessoal)