Algumas pessoas passaram a noite em casas de parentes ou em alojamentos de igrejas, mas muitas famílias dormiram ao relento no terreno ocupado, ou sob a tenda que montaram no local.
Revoltados, expulsaram o funcionário da Prefeitura que esteve no local para levar água e receberam somente as assistentes sociais. Os sem-teto esperam apoio para conseguir casas.
Reintegração
As negociações para a reintegração começaram às 6h de terça-feira, para que as famílias deixassem a área amigavelmente. Para evitar a entrada da Polícia, os sem-teto formaram uma barreira na entrada da favela com madeira, materiais recicláveis, pneus e atearam fogo. Mas não adiantou.
Por volta das 8h30 a polícia optou por invadir a área pelos fundos, usando a cavalaria, cães treinados, bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha. Máquinas iniciaram a demolição dos barracos imediatamente. Na sequência, alguns moradores tentaram retirar alguns móveis e pertences, mas nem todos conseguiram.
Parte dos móveis, documentos e objetos pessoais ficaram entre os escombros e outra parte foi levado para um barracão na Via Norte, nº 2305, para coleta posterior dos proprietários.
Os sem-teto, então, foram para o campo de futebol onde permanecem.
Fonte: Jornal A Cidade